segunda-feira, 3 de outubro de 2011
COMO A ÁRVORE
Sente-se sob uma árvore majestosa e perceba que tudo o que essa árvore precisou, ela recebeu.
Os nutrientes, os minerais, a água e a luz do sol, tudo isso fluiu por perto ou esteve ao alcance da árvore durante
toda sua vida.
Mesmo tendo crescido tanto, a árvore nunca teve de ir a lugar algum para conseguir o que precisava.
Ela cresce e prospera graças à sua habilidade para aproveitar o que está disponível onde se encontra.
Essa árvore forte, alta e resistente alcançou seu tamanho impressionante usando apenas o que ela já possuía.
Da próxima vez que você achar que, para ser feliz, precisa ir a algum lugar, adquirir alguma coisa ou conquistar
algo, pense nessa árvore majestosa.
sábado, 1 de outubro de 2011
DEFINITIVO
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado
e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos
de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando
a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com
as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que
nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional....
Carlos Drummond de Andrade
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